quinta-feira, 31 de julho de 2008

02 de Agosto Perdão de Assis (INDULGÊNCIA DA PORCIÚNCULA)


Numa noite do mês de Julho de 1216, como acontecia em tantas outras noites, na silenciosa solidão da pequena Igreja da Porciúncula, São Francisco ajoelhado, estava profundamente mergulhado nas suas orações, quando de súbito, uma luz vivíssima e fulgurante encheu todo o recinto e no meio dela, apareceu JESUS ao lado da VIRGEM MARIA sorridente, sentados num trono e circundados por diversos Anjos. JESUS perguntou-lhe:

“Qual o melhor auxílio que desejaria receber, para conseguir a salvação eterna das almas?”
Sem hesitar Francisco respondeu:
“Santíssimo PAI, peço que todos aqueles arrependidos e confessados, que vierem visitar esta Igreja, conceda-lhes um amplo e generoso perdão, uma completa remissão de todas as suas culpas.”

“O que você pede Frei Francisco, é um benefício muito grande,”disse-lhe o SENHOR, “muito embora você seja digno e merecedor de muitas coisas. Assim, acolho o seu pedido, com uma condição, você deverá solicitar essa indulgência ao meu Vigário na Terra.”
No dia seguinte, bem cedinho, Francisco acompanhado de Frei Nassau, seguiu para Perúgia, a fim de se encontrar com o Papa Honório III. Diante de sua Santidade, falou:
“Santo Padre, há algum tempo, com o auxílio de DEUS, restaurei uma Igreja em honra a Santa Maria dos Anjos. Venho pedir a Sua Santidade colocar nesta Igreja uma indulgência para quem visitá-la, sem a obrigação da pessoa oferecer qualquer coisa em pagamento ( naquela época, toda indulgência concedida a uma pessoa, estava ligada à obrigação dessa pessoa fazer uma oferta), a partir do dia da dedicação dela.”
O Papa fic
ou surpreso e comoveu-se com o incomum pedido. Depois perguntou: “Por quantos anos você quer esta indulgência?”
“Santo Padre, não peço anos, mas penso em almas”, respondeu Francisco.
“O que você quer dizer com isto?”
“Se Sua
Santidade estiver de acordo, eu queria que todas as pessoas que visitassem Porciúncula, contritos de seus pecados, em “estado de graça”, confessado e tendo recebido à absolvição sacramental, obtenham a remissão de todos os seus pecados, na pena e na culpa, no Céu e na Terra, desde o dia de seu batismo até o dia em que entrar na Igreja.”
“Mas não é um costume da Cúria Romana conceder tal indulgência!”
“Senhor, falou o “Poverello”, este pedido não faço por mim, mas por ordem de JESUS CRISTO, da parte de Quem estou aqui.”
Ouvindo isto o Papa cheio de amor respondeu três vezes seguidamente:
“Em nome de DEUS, meu filho, concedo-lhe esta indulgência.”

Como alguns Cardeais que estavam presentes quiseram interferir, o Papa confirmou:
“Já concedi a indulgência. Todo aquele que entrar na Igreja de Santa Maria dos Anjos, sinceramente arrependido de suas faltas e confessado, seja ab
solvido de toda pena e de toda culpa. Esta indulgência valerá somente durante um dia, em cada ano, “in perpetuo”, a começar das primeiras vésperas, incluída a noite, até às vésperas do dia seguinte.”
A “consagração” da Igrejinha aconteceu no dia 2 de Agosto do mesmo ano de 1216. Assim sendo, a mencionada indulgência começa às 12 horas do dia 1 de Agosto até o entardecer do dia 2 de Agosto, todos os anos. A indulgência é conhecida com o nome: “DIA DO PERDÃO”. Para recebe-la, o fiel deve estar em “estado de graça”, rezar um CREDO, um PAI NOSSO, fazer o pedido da Indulgência Plenária e rezar um PAI NOSSO, uma AVE MARIA e um GLÓRIA pelas intenções de Sua Santidade o Papa.


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