Que pobre montaria escolhe Nosso Senhor! Talvez nós, envaidecidos, tivéssemos escolhido um brioso corcel. Mas Jesus não se guia por razões meramente humanas, mas por critérios divinos. Assim, neste acontecimento — explica São Mateus — cumpria-se o oráculo do profeta: “Dizei à filha de Sião: Eis que teu rei vem a ti, cheio de doçura, montado numa jumenta, num jumentinho, filho da que leva o jugo.
Jesus Cristo, que é Deus, se contenta com um burrinho como trono. Nós, que não somos nada, nos mostramos com freqüência vaidosos e soberbos: procuramos sobressair, chamar a atenção; queremos que os outros nos admirem e nos louvem. São Josemaría Escrivá, canonizado por João Paulo II, se afeiçoou por esta cena do Evangelho.
Dizia de si mesmo que era um burrinho sarnento, que não valia nada; mas, como a humildade é a verdade, reconhecia também que era depositário de muitos dons de Deus; especialmente, da tarefa de abrir caminhos divinos na terra, mostrando a milhões de homens e de mulheres que podem ser santos no cumprimento do trabalho profissional e dos seus deveres cotidianos.
Jesus entra em Jerusalém sobre um burrinho. Temos de tirar conseqüências desta cena. Cada cristão pode e deve converter-se em trono de Cristo. E aqui vêm como um anel ao dedo umas palavras de São Josemaría: Se a condição para que Jesus reine em minha alma, na tua alma, fosse contar previamente com um lugar perfeito dentro de nós, teríamos motivos para desesperar. No entanto, acrescenta, Jesus contenta-se com um pobre animal por trono. Há centenas de animais mais belos, mais hábeis e mais cruéis. Mas Cristo escolheu esse para se apresentar como rei diante do povo que o aclamava. Porque Jesus não sabe o que fazer com a astúcia calculista, com a crueldade dos corações frios, com a formosura vistosa mas oca. Nosso Senhor ama a alegria de um coração jovem, o passo simples, a voz sem falsete, os olhos limpos, o ouvido atento à sua palavra de carinho. É assim que reina na alma.
Deixemos que ele tome posse dos nossos pensamentos, palavras e ações! Lancemos fora, sobretudo, o amor próprio, que é o maior obstáculo ao reinado de Cristo! Sejamos humildes, sem apropriar-nos de méritos que não são nossos. Imaginais como teria ficado ridículo o burrinho, se se tivesse apropriado dos vivas e aplausos que as pessoas dirigiam ao Mestre?
Comentando esta cena evangélica, João Paulo II recorda que Jesus não concebeu a sua existência terrena como busca do poder, como corrida ao sucesso e desejo de fazer carreira, como vontade de domínio sobre os outros. Ao contrário, Ele renunciou aos privilégios da sua igualdade com Deus, assumiu a condição de servo tornando-se semelhante aos homens, obedeceu ao projeto do Pai até à morte na Cruz (Homilia, 8-IV-2001).
O entusiasmo das multidões não costuma ser duradouro. Poucos dias depois, os que o haviam acolhido com aplausos pedirão a brados a sua morte. E nós, deixar-nos-emos levar por um entusiasmo passageiro? Se notamos, nestes dias, o farfalhar divino da graça de Deus, que passa ao nosso lado, acolhamo-lo em nossas almas. Estendamos no caminho, mais do que palmas ou ramos de oliveira, os nossos corações. Sejamos humildes. Sejamos mortificados. Sejamos compreensivos com os outros. Esta é a homenagem que Jesus espera de nós.
A Semana Santa nos oferece a ocasião de reviver os momentos fundamentais da nossa Redenção. Mas não esqueçamos que — como escreve São Josemaría — «para acompanharmos Cristo na sua Glória, no fim da Semana Santa, é necessário que participemos antes do seu holocausto, e que nos identifiquemos com Ele, morto no Calvário». Para isso, nada melhor que caminhar de mãos dadas com Maria. Que Ela nos obtenha a graça de que estes dias deixem uma marca profunda nas nossas almas. Que sejam, para cada uma e para cada um, ocasião de aprofundar no Amor de Deus, para poder, assim, mostrá-lo aos outros.
Jesus Cristo, que é Deus, se contenta com um burrinho como trono. Nós, que não somos nada, nos mostramos com freqüência vaidosos e soberbos: procuramos sobressair, chamar a atenção; queremos que os outros nos admirem e nos louvem. São Josemaría Escrivá, canonizado por João Paulo II, se afeiçoou por esta cena do Evangelho.
Dizia de si mesmo que era um burrinho sarnento, que não valia nada; mas, como a humildade é a verdade, reconhecia também que era depositário de muitos dons de Deus; especialmente, da tarefa de abrir caminhos divinos na terra, mostrando a milhões de homens e de mulheres que podem ser santos no cumprimento do trabalho profissional e dos seus deveres cotidianos.
Jesus entra em Jerusalém sobre um burrinho. Temos de tirar conseqüências desta cena. Cada cristão pode e deve converter-se em trono de Cristo. E aqui vêm como um anel ao dedo umas palavras de São Josemaría: Se a condição para que Jesus reine em minha alma, na tua alma, fosse contar previamente com um lugar perfeito dentro de nós, teríamos motivos para desesperar. No entanto, acrescenta, Jesus contenta-se com um pobre animal por trono. Há centenas de animais mais belos, mais hábeis e mais cruéis. Mas Cristo escolheu esse para se apresentar como rei diante do povo que o aclamava. Porque Jesus não sabe o que fazer com a astúcia calculista, com a crueldade dos corações frios, com a formosura vistosa mas oca. Nosso Senhor ama a alegria de um coração jovem, o passo simples, a voz sem falsete, os olhos limpos, o ouvido atento à sua palavra de carinho. É assim que reina na alma.
Deixemos que ele tome posse dos nossos pensamentos, palavras e ações! Lancemos fora, sobretudo, o amor próprio, que é o maior obstáculo ao reinado de Cristo! Sejamos humildes, sem apropriar-nos de méritos que não são nossos. Imaginais como teria ficado ridículo o burrinho, se se tivesse apropriado dos vivas e aplausos que as pessoas dirigiam ao Mestre?
Comentando esta cena evangélica, João Paulo II recorda que Jesus não concebeu a sua existência terrena como busca do poder, como corrida ao sucesso e desejo de fazer carreira, como vontade de domínio sobre os outros. Ao contrário, Ele renunciou aos privilégios da sua igualdade com Deus, assumiu a condição de servo tornando-se semelhante aos homens, obedeceu ao projeto do Pai até à morte na Cruz (Homilia, 8-IV-2001).
O entusiasmo das multidões não costuma ser duradouro. Poucos dias depois, os que o haviam acolhido com aplausos pedirão a brados a sua morte. E nós, deixar-nos-emos levar por um entusiasmo passageiro? Se notamos, nestes dias, o farfalhar divino da graça de Deus, que passa ao nosso lado, acolhamo-lo em nossas almas. Estendamos no caminho, mais do que palmas ou ramos de oliveira, os nossos corações. Sejamos humildes. Sejamos mortificados. Sejamos compreensivos com os outros. Esta é a homenagem que Jesus espera de nós.
A Semana Santa nos oferece a ocasião de reviver os momentos fundamentais da nossa Redenção. Mas não esqueçamos que — como escreve São Josemaría — «para acompanharmos Cristo na sua Glória, no fim da Semana Santa, é necessário que participemos antes do seu holocausto, e que nos identifiquemos com Ele, morto no Calvário». Para isso, nada melhor que caminhar de mãos dadas com Maria. Que Ela nos obtenha a graça de que estes dias deixem uma marca profunda nas nossas almas. Que sejam, para cada uma e para cada um, ocasião de aprofundar no Amor de Deus, para poder, assim, mostrá-lo aos outros.
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