quinta-feira, 17 de julho de 2008

Um santo atleta ou um atleta santo?




Um santo atleta ou um atleta santo? Você já ouviu falar de Pier Giorgio Frassati? Um jovem como qualquer outro, mas com o coração unido a Cristo e aos mais pobres. Foi para você que nunca ouviu falar deste jovem, ou já ouviu e quer saber mais, que nós selecionamos dois artigos bastante interessantes. Leia a seguir:
“Pier Giorgio absorveu a vida cristã mergulhando espontaneamente, por escolha pessoal, na água viva que a Igreja daquele tempo lhe oferecia. Daquela Igreja na qual não faltavam limites e problemas, ele sentiu-se parte dela e seu membro activo.
Nasceu em Turim, a 6 de abril de 1901 num Sábado Santo. Pertencia a uma família rica: a mãe, Adelaide Ametis, uma pintora; o pai, Alfredo Frassati, em 1895 com pouco mais de trinta e seis anos, fundara o jornal “La Stampa”; em 1913 é o mais jovem senador do Reino e em 1922 é Embaixador da Itália em Berlim.
Inscreveu-se em varias associações, muitas vezes contra a vontade dos familiares e participando em todas essas actividades, assumindo nelas responsabilidades. “Tu és um ‘beato?”, perguntou-lhe alguém na universidade, respondendo Pier Giorgio com bondade mas com fi rmeza: “Não, sou cristão!” Em 1919, sendo ainda menor, Pier Giorgio inscreveu-se na Conferência de S. Vicente de Paulo.
Os seus estudos eram iluminados pela fé e caridade. Tinha reparado na Alemanha nas graves condições de trabalho dos mineiros e assim afi rmou: “quero ajudar as pessoas nas minas e posso fazê-lo, mesmo não sendo sacerdote. Assim explicava o porquê da sua escolha a Luise Rahner, mãe do celebre teólogo Karl Rahner, onde ele foi hóspede por algum tempo. Dizia que queria ser “mineiro entre os mineiros.” E, por isso, escolheu Engenharia de Minas. A irmã Luciana revelou que a situação era mais humilhante do que se pode imaginar: em casa, Pier Giorgio era tido como um tonto e sempre com pouco dinheiro, para ajudar os outros devia dar não o supérfl uo mas o necessário.
Procurava convencer os outros a fazer o mesmo. Dizia um amigo: “Um dia procurava convencer-me a entrar na conferência de S. Vicente de Paulo. A minha difi culdade era entrar nas casas dos pobres pois poderia vir a apanhar algumas doenças, mas ele, com muita simplicidade, respondeu-me que visitar os pobres era visitar Jesus.”
Entre os seu sofrimentos, devemos lembrar o seu amor profundo por Laura Hidalgo, de condição humilde, amor ao qual ele sentiu o dever de renunciar devido aos preconceitos da família. E, ao ver o divórcio dos seus pais tão real, percebeu : ”não posso destruir uma família para formar uma outra. Serei eu a sacrificar-me.
“No dia 30 de Junho de 1925, Pier Giorgio começou a sentir uma dor de cabeça. Ninguém lhe deu a devida atenção porque a sua avó estava a viver os seus últimos dias, pois tinha já uma idade avançada. Aquele jovem alto e vigoroso, aceitando de forma bondosa que as suas “febrezinhas” não deveriam ser nada de outro mundo, fez com que os pais não se apercebessem do que se estava realmente a passar. Pier Giorgio começava a morrer, sentindo o seu jovem corpo destruir-se com a paralisia que avançava progressivamente e implacavelmente, sem que ninguém lhe desse atenção.
Assim ele, humilde e manso, enfrentou sozinho o sintoma da terrível doença sem se aperceber da gravidade. Quando os pais apavorados afi nal compreenderam o que lhe estava a acontecer já era tarde. A vacina que veio rapidamente do Instituto Pasteurde Paris já não tinha efeito devido ao avanço da doença.
O último dia de sua vida Pier Giorgio pediu à irmã Luciana para buscar na escrivaninha uma caixa de injecções que não tinha conseguido entregar a um dos seus pobres e quis escrever um bilhete com as instruções e o endereço: “Quis escrevê-lo com as suas próprias mãos já atormentadas pela paralisia e saiu um emaranhado de letras quase incompreensível. É o seu testamento: as últimas energias para a última caridade.”
O funeral foi um encher de amigos e principalmente de pobres; os primeiros a ficar assombrados, vendo-o tão querido e tão conhecido, foram os seus familiares que compreenderam onde e com quem Pier Giorgio viveu verdadeiramente os seus poucos anos de vida, apesar de ter tido uma casa confortável e rica à qual chegava sempre atrasado.
Sua Santidade o Papa João Paulo II Beatifi cou Pier Giorgio Frassati na Praça de São Pedro no dia 20 de Maio de 1990. Foi proclamado Beato e é um dos padroeiros dos jovens.”
(fonte: www.fcee.lisboa.ucp.pt - o texto está em português de Portugal)
O corpo do beato Pier Giorgio, um dos dez patronos da Jornada Mundial da Juventude de Sydney, foi trasladado de Turim a Sydney para o evento. As relíquias não haviam deixado a cidade piamontesa desde a morte de Frassati, em 1925.
O corpo, encontrado incorrupto sessenta anos depois de seu sepultamento, será venerado na catedral St. Mary até o dia 22 de julho.
João Paulo II beatificou Frassati em 1990, definiu-o como “um homem de nosso século, o homem moderno, o homem que amou muito”.
As fotografias em nossa igreja mostram um belo e forte jovem com olhos penetrantes e um sorriso contagioso. Cheio de alegria e energia, cheio de Deus e com a paixão de compartilhá-lo com os demais: frente a isto, sua morte, aos 24 anos, foi uma trágica perda.
Os jovens católicos gostavam da idéia de poder ser santo também desde jovem e poder unir a paixão por Deus e o serviço aos demais com o desejo normal de diversão de um jovem. Gostava de esquiar e de estar com seus amigos.
O bispo contou brevemente a história do santo, nascido em 1901, em uma família rica de Turim. O pai era agnóstico, a mãe católica, ainda que não tivesse a mesma devoção ou a caridade do filho.
Não gostava que seus pais não compreendessem sua piedade e tivessem um matrimônio difícil. Como muitos jovens hoje, tinha de encontrar dentro de si aqueles dons do Espírito Santo que o levariam à maturidade.
Deu o dinheiro recebido por sua licenciatura aos pobres - acrescentou o bispo Fisher. Quando seus amigos lhe perguntavam por que viajava na terceira classe dos trens, respondia com um sorriso: “Porque não há quarta classe”.
Possuia um encanto especial. Parecia irradiar uma força de atração. Tudo nele brilhava de alegria, porque derivava de sua esplêndida natureza o fato de florescer à luz de Deus.
Frassati morreu em 4 de julho de 1925, seis dias depois de ter contraído poliomielite de um dos enfermos por ele assistidos.
O bispo auxiliar de Sydney, onde acontecerá a Jornada Mundial da Juventude de 2008, em Julho, disse que de seu funeral participaram por todas as pessoas mais importantes de Turim, “mas, para sua surpresa, quando saíram da igreja, as ruas estavam cheias não de pessoas da elite, mas dos pobres e dos necessitados a quem ele havia servido em sua breve vida”.
“Os pobres ficaram também surpresos ao ver que era de uma família rica –disse o bispo. São eles os que pediram ao arcebispo de Turim que iniciasse seu processo de canonização”.
“Agora ele fala a uma nova geração - concluiu o prelado, e honra nossa Jornada Mundial da Juventude com seu patronato e seu testemunho”.




Fonte: Canto da Paz
Blog: http://www.cantodapaz.com.br/blog/2008/07/16/pier-giorgio-atleta-santo/

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