segunda-feira, 11 de abril de 2011

Quarta Feira – A decisão de Judas de trair Jesus e integrá-lo. (Mateus 26. 14-16)

Judas foi escolhido por Jesus porque certamente tinha os requisitos que eram necessários para ser um grande apóstolo. Usando mal da sua liberdade, não soube corresponder a graça de Deus. Esta é a maior prova para nós de que a graça de Deus não anula a natureza e a liberdade humana. Judas foi culpado do seu ato, pois agiu com toda a liberdade. Jamais Deus poderia tê-lo escolhido com o mau desejo de que ele traísse Jesus; Deus não pode fazer e desejar nada de errado. Mas, Deus sabe aproveitar até o pecado da criatura humana para daí tirar algum bem. Assim, deste grande mal, a traição maior que a humanidade conheceu, Deus soube tirar a salvação para a humanidade. Não existe destino e nem predestinação. Existe o homem agindo com a sua inteligência, vontade e liberdade, ajudo pela graça de Deus. Nem sempre sabemos deixar a graça nos conduzir. São Pedro também negou a Jesus, dolorosamente, por três vezes; no entanto, não se desesperou, acreditou no perdão de Jesus; e continuou a ser o primeiro Papa da Igreja, escolhido por Jesus. Tudo é o segredo da liberdade de cada um que responde ou não aos influxos da graça de Deus.
O Papa Bento XVI refletiu sobre a figura de Judas Iscariote e explicou que seu papel negativo "se insere também no misterioso projeto salvífico de Deus" que assume o "gesto indesculpável" deste apóstolo "como ocasião da entrega total do Filho pela salvação do mundo". Durante a audiência, em que participaram 30 mil pessoas, o Santo Padre fez notar que o nome de Judas "aparece sempre o último na lista dos Doze que recorda sua traição. Em troca, os evangelistas o apresentam como apóstolo a todos os efeitos".
Perguntando pelas razões do Jesus para escolher este homem e lhe dar sua confiança, além de por sua misteriosa sorte eterna, o Pontífice assegurou que "não nos corresponde julgá-lo nos pondo no lugar de Deus, imensamente misericordioso e justo".
Ao abordar o tema do motivo da traição, o Pontífice lembrou que "alguns falam da cobiça, enquanto outros sustentam uma explicação de tipo messiânico: a desilusão de Judas porque Jesus não incluía em seu programa a libertação política e militar de seu país".
Assim, Bento XVI observou que os evangelistas explicam esta traição "indo além dos motivos históricos" e a atribuem à "liberdade pessoal de Judas" como "uma cessão a uma tentação do Maligno". "Jesus, convidando-o a lhe seguir pelo caminho da bem-aventurança não forçava sua vontade e respeitava sua liberdade humana. Efetivamente são muitas as possibilidades de perversão do coração humano. O único modo das evitar consiste em entrar em plena comunhão com Jesus".
Ao desentranhar o mistério do papel de Judas no Plano salvífico de Deus para a humanidade, o Papa assinalou que o arrependimento deste apóstolo, que "degenerou no desespero e a autodestruição", é para nós "um convite a não se desesperar nunca da misericórdia divina".
A respeito, afirmou que "o papel negativo de Judas se insere também no misterioso projeto salvífico de Deus", que "assume o gesto indesculpável" deste homem "como ocasião da entrega total do Filho pela redenção do mundo".
No contexto, Bento XVI assinalou que "depois da Páscoa, Matías foi eleito para ocupar o lugar de Judas. dele só sabemos que foi testemunha da história terrena de Jesus, permanecendo fiel até o fim" e "compensando a traição de Judas".
"É uma última lição: se inclusive na Igreja não faltam cristãos indignos e traidores, cada um de nós deve servir de contrapeso ao mal que têm feito com nosso testemunho de Jesus", concluiu.
“É na oração que precisamos permanecer e ouvir o que a voz do Espírito Santo tem a dizer. Da abertura de nossa consciência, preparemos para viver de maneira que não sejamos acusados de trairmos a nós mesmo e também a Jesus, Caminho, Verdade e Vida.”

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